São 2h35 da madrugada, perdi o sono e estou aqui na varanda do meu apartamento, hoje esta uma noite fria, uma noite em que as nuvens impedem o brilho da lua e de suas fieis companheiras: as estrelas, mas mesmo assim a noite não deixa de ser bela, ao fundo escuto algumas pessoas papeando, escuto vozes de crianças e de mulheres rindo, o vento faz o mato fazer um barulho tenebroso e o som dos grilos dá um ar de suspense, o som das motos e dos carros quebra a mesmice, a madrugada para muitos é triste, mas eu não vejo assim, vejo a noite à madrugada como uma benção a madrugada é o momento em que muitos casais têm a chance de se amar, a madrugada faz o homem e a mulher pensarem, reviverem, reconstruírem o que se foi perdido não só pelo ato sexual, mas por simplesmente se amarem, a madrugada faz o bêbado pensar em mudar, faz o perdido querer se achar, a madrugada é a amiga do poeta do pintor dos amantes sedentos, a madrugada transforma o pranto em lagrimas de esperança de dias melhores, a madrugada não é triste, mas é a chance de um recomeço de uma nova vida, uma chance de esquecer tudo o que de ruim que passou e sonhar com dias melhores não sei se de sol ou de chuva, mas dias felizes.
Eu já ia terminar, mas olhei para o céu e vi que a lua esta firme e forte e com um brilho intenso e é essa mesma lua que aparece nessa noite fria é a mesma que aparece nas noites estreladas. Bom já são 2h54 vou me deitar.
(Léo Souza)