quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Fatos Sociais

Eram 6h20 da manhã quando adentrei no último vagão do trem, o vagão ficou lotado mal conseguia mudar meu pé de posição e se conseguisse tal feito perderia a vaga para outros pés desesperados por uma vaga, me encostei do lado de um rapaz que aparentava estar nervoso imaginei, talvez, que ele estivesse a caminho de uma entrevista de emprego ou talvez indo para um encontro com seu médico, mas tudo era possível ele estava muito tenso.

 A viagem seguia tranqüilamente e é quase impossível não notar as coisas que acontecem, as caras amarradas e amassadas recém saídas do aconchego do travesseiro, mas o que me chama a atenção são as roupas que as pessoas vestem, os rapazes com belos ternos e sapatos de ultima moda, e existem aqueles que nem se quer se importam com sua aparência e pior com seu “bafo” fazendo a ida ao trabalho de um pobre cidadão uma missão árdua, as mulheres são mais vaidosas procuram combinar em tudo a cor do batom com a cor da bolsa ou a cor dos sapatos com a cor da blusinha, notei que elas se olham, se engolem e se invejam a uma guerra acontecendo em seus mundos guerra que nos homens quase não percebemos, é preciso grande experiência e convivência com o universo feminino para notar tal acontecimento, mas assim como os homens existem aquelas mulheres que não se preocupam com sua aparência, e venhamos e convenhamos não há nada mais triste do que uma mulher mal arrumada, desleixada e descabelada isso é deprimente, mulher sem charme é um crime ao mundo e também um crime aos olhos que as contemplam, salvem as mulheres!

A uma classe de pessoas que entram no trem e chamam a atenção pelo seu gosto musical, outros pelo livro que estão lendo, as tribos também se encontram no trem, os roqueiros, pagodeiros, a turma do reggae, e a turma que não gosta de nada disso e simplesmente curtem ficar olhando para o rosto dos outros tentando assim algum tipo de comunicação raramente conseguem, mas quando isso acontece a conversa é boa os assuntos são variados desde a política até futebol, já ouvi uma senhora conversadeira do prédio dizer que seu filho conhecera a sua esposa no trem a caminho do trabalho, começaram conversar depois de ela sem querer pisar no seu pé, a atração foi tão grande que eles combinaram de sair a noite e desde então estão juntos, felizes e casados, por isso sempre que entro no trem penso: “posso encontrar aqui o amor da minha vida, a mulher dos meus sonhos, será possível?” duvido muito no metro só arrumo bolsas pra segurar e isso quando consigo me sentar. Mas a classe mais interessante que freqüentam os trens de São Paulo são os bebes eles quebram o gelo de nós adultos com nossas caras amarradas e amassadas é divertidíssimo ver a sua simplicidade, mas um bebe é imprevisível nem suas mamães podem prever o que pode acontecer, o bebezinho mamou no seio de sua mamãe ficou feliz ria e fazia todos nós adultos sorrir, até a garota que estava do lado do bebe e sua mamãe no assento não se agüentava com as gargalhadas do pequeno, quando quase sem ninguém esperasse o bebe gorfa e que gorfada colocou pra fora todo o leite que havia tomado a poucos instantes e o pior fizera tudo isso encima da calça jeans da moça, alguns riram da moça (eu),alguns sentiram nojo e outros sentiram pena da pobre moça, a mamãe do bebe na tentativa de ajudar a moça ofereceu a fralda do bebe para ela se limpar o semblante da moça era desolador ela tentava disfarçar mas sua raiva era notória, antes de descer do trem dei uma ultima olhada para a moça ela olhava o bebe e sorria mas com um sorriso furioso, a moça estava enfurecida com o bebe.

 Pobre bebezinho não sabe o risco que correu.
 
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